#031: Por que achei Birds of a Feather tão familiar?

Billie Eilish tem umas referências bem millennials, né!

Jun 18, 2024

Desde que o novo álbum da Billie Eilish saiu, selecionei as 4 músicas que mais gostei e salvei no Spotify na minha lista de 🌈 músicas que ando ouvindo 🌈. E, de fato, fico ouvindo em loop. Uma delas é “Birds of a Feather”.

Algo nessa música me soa tão familiar e tão nostálgico, que é como se eu já gostasse dela faz muito tempo, mesmo ela tendo sido lançada faz só um mês. Foi instantaneamente viciante. Quando parei pra pensar sobre, essa sensação fez muito sentido, porque vários elementos dela me lembram outras músicas ou referências que são bem vivas na minha mante. Vou elencá-las aqui. Mas antes, se você nunca ouviu, dá um play aqui antes de seguir lendo.

1. Vibes

O primeiro elemento é a vibe da música. A melodia é bem tranquila e aconchegante, perfeita para um final feliz. Poderia, sem sombra de dúvidas, ser a trilha sonora de um filme de high school, ambientado numa cidade praiana pequena, com um roteiro idêntico ao do clipe de “You Belong with Me” da Taylor Swift.

Aqueles filmes bem anos 2000, com uma personagem belíssima sendo chamada de feia porque usa óculos; uma outra também belíssima, mas sem óculos, fazendo papel de rica e má; e um cara de beleza mediana sendo disputado entre elas. Os atores todos perto dos 30 e fazendo papel de adolescentes. Birds of a Feather seria a música que toca no final, quando o casal principal fica junto, provavelmente no prom, também chamado de baile da primavera nas traduções de filmes desse tipo.

Para referência, aqui está o plot de You Belong with Me, se você nunca viu. Se não gosta de Taylor Swift, bota o vídeo abaixo no mudo e ouve Birds of a Feather por cima, sei lá.

2. Natalie Imbruglia

Essas músicas tranquilinhas e com voz mansa também sempre me lembram as da Natalie Imbruglia, que eu amava lá na minha adolescência. Acho que isso é o que mais me causa a nostalgia. Não tenho muito mais o que acrescentar aqui, é só ouvir “Kiss Me", “Torn" e “Wrong Impression" para comparar.

Kiss Me é, inclusive, trilha sonora de She's All That (Ela é Demais), que é um filme bem nos moldes do que eu descrevi acima. Um clássico!

Lembro que a Lorde também lançou umas assim no Solar Power, e é uma delícia de ouvir. Se acha que não conhece a Natalie, dá um play em Torn e me diz se Birds of a Feather não poderia ser uma música dela.

3. “Bleeding Love"

Se você tem mais de 25 anos e vivia no planeta Terra, acho que é impossível não cantar “Bleeding Love" da Leona Lewis por cima do refrão de Birds of a Feather.

E olha que eu acho Bleeding Love bem chatinha. Mas lembro que essa música foi bem relevante na época que lançou e tocava direto em todo lugar. Era impossível escapar dela. Acho até que deve ter sido tema de algum personagem em alguma novela da Globo.

É um pedacinho bem específico da música, mas que não dá pra não relacionar. Quando a Billie canta:

“Birds of a feather, we should stick together
I know I said I'd never think I wasn't better alone"

É quase que automático fazer paralelo com quando a Leona canta:

“But I don't care what they say, I'm in love with you
They try to pull me away, but they don't know the truth”

E aí, a expectativa é que a Billie continue:

“My heart's crippled by the vein that I keep on closing
You cut me open and I keep bleeding, keep, keep bleeding love”

Se você não pensou nisso, pois ouça Bleeding Love e volte aqui pra me dizer se não é IGUAL.

4. “Midnight City"

Por fim, no final da música, tem um som que imita a voz da cantora e faz um “puru-rururú" no ritmo dos versos. Assim que ouvi, me lembrou de “Midnight City" do M83. É o mesmo tipo de barulhinho!

Essa eu nem relaciono a nenhuma lembrança, eu só gosto de ouvi-la de olhos fechados e balançando a cabeça. Eu sempre esqueço que ela existe por um tempo, aí lembro e ouço um monte, depois esqueço de novo. O clipe é ótimo, e não duvido que esteja no repertório da Billie Eilish ou de quem produz as músicas dela. Enfim, me trouxe uma familiaridade também.

Tó, pra você comparar.

Agora me conta…

Não fui só eu o alecrim dourado que traçou esses paralelos, né? Acho, inclusive, que se prestar mais atenção dá pra achar mais similaridades com referências que pertencem ao imaginário de nós millennials (da minha bolha). Ou tô muito sem noção? Me conta!